No domingo, dia 16, o atual presidente da China, Xi-Jiping, fez um discurso sobre as medidas do seu plano de governo em relação a Taiwan e Hong-Kong. Ele falou para 2300 delegados de todo o país, em um grande evento no Salão do Povo, com grande aparato de segurança. O discurso foi transmitido em telões nas praças públicas espalhadas pela China.
Xi-Jiping afirmou que a China tem o controle total de Hong-Kong, após os acirrados protestos de 2019, e que transformou o caos em governança. Em relação a Taiwan, ele defendeu a reunificação pacífica, mas não descartou o uso da força para separatistas e forças externas que buscarem a independência da ilha. Ele mostrou-se decidido na reintegração da província rebelde para a China Continental e afirmou que “reservamos a opção de tomar todas as medidas necessárias para isso”.
O presidente chinês afirmou que a questão de Taiwan é um assunto do próprio povo chinês, e cabe a eles decidir. Ele também destacou a polêmica visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Estados Unidos, a Taiwan, que causou apreensão nos arredores da ilha. Pelosi foi a mais importante autoridade americana a visitar Taiwan em 25 anos, o que enfureceu a China, que realizou exercícios militares próximos à ilha, considerando-os simulações de invasão.
Além disso, no último dia 16 de setembro, começou o 20° congresso do partido comunista chinês, em que as principais elites do partido se juntam para decidir o novo presidente da China, em uma reunião que acontece a cada cinco anos. Espera-se que Xi-Jiping seja selecionado pelos líderes novamente para o terceiro mandato, o que o tornaria o governante com mais tempo no poder desde Mao Tse Tung. Isso terá grande relevância tanto dentro do país quanto a nível mundial, já que a economia da China é uma das maiores do mundo.
Além do discurso de Xi-Jiping e do congresso do partido comunista, é importante destacar que a relação entre a China e Taiwan é um tema delicado e complexo. A China considera Taiwan como uma província rebelde que deve ser reunificada com o continente, enquanto Taiwan se vê como um país independente e democrático.
A visita de Nancy Pelosi a Taiwan também é significativa, já que os Estados Unidos têm uma longa história de apoio a Taiwan e reconhecem a ilha como uma entidade política separada da China. Essa relação tem sido cada vez mais tensa com a ascensão da China como potência mundial e o aumento das tensões entre os dois países.
A escolha de Xi-Jiping como presidente por um terceiro mandato terá implicações significativas para a China e para o mundo. Xi-Jiping tem sido um líder forte e centralizador, com políticas nacionalistas e autoritárias. Ele também tem buscado aumentar a influência da China globalmente, expandindo sua presença militar e econômica em outras partes do mundo.
Essa crescente influência da China tem sido vista por muitos como uma ameaça aos valores democráticos e aos interesses dos países ocidentais. A escolha de Xi-Jiping por um terceiro mandato pode sinalizar uma continuação dessa tendência e aumentar as tensões entre a China e outras potências mundiais, como os Estados Unidos e a Europa.
Em resumo, o discurso de Xi-Jiping e o congresso do partido comunista são eventos importantes para a China e para o mundo. A relação entre a China e Taiwan, bem como a crescente influência da China globalmente, são temas de grande importância e devem ser monitorados de perto nos próximos anos.